A Antropomínia da Sobrevivência


A Antropomínia da Sobrevivência


A Troca de Nomes, a Antropomínia da Sobrevivência 
Marcelo M. Guimarães


Modernamente, a antroponímia, ramo principal da onomástica, é o estudo dos antropónimos, ou seja, dos nomes próprios dos indivíduos.


A tradição judaica sempre atrelou nomes próprios com seu significado, implicando, assim, uma identificação do futuro de um indivíduo com seu próprio nome. O próprio Nabucodonozor, rei da Babilônia, mudou o nome de quatro cativos hebreus, nobres de Jerusalém, Daniel, Hananinas, Misael e Azarias para Belteshazar, Shadrach, Meshach e Abed-Nego, proveitando dos talentos dos mesmos.
Segundo Elias Lipner, no seu livro “Os Batizados em pé”, na história onomástica dos judeus em Portugal distinguem-se três períodos: o dos genuínos, o dos nomes impostos e o de restauração. O primeiro, segundo este autor, em que o judaísmo era permitido, vai desde o da monarquia portuguesa até 1497; o segundo, inicia-se nesse ano, quando por ordem de D. Manuel foram impostos nomes cristãos aos habitantes judeus; e o terceiro, cujo inicio coincide paralela e cronologicamente com o anterior, desenvolvendo em seguida com a independência, quando uma parte de judeus livres da inquisição começaram a restaurar seus nomes judaicos.
Nos primeiros tempos mantinham seus antigos nomes em público exclusivamente para identificação, na lavratura de documentos jurídicos. Assim, o nome Isaque Latam, donatário das casas de Dom Abravanel no tempo de D. João II, já aparece como “ Lourenço Vaz”, depois do batismo forçado. Geralmente tomavam o nome dos padrinhos de batismo. Muitos que tinham, por exemplo, o sobrenome Abravanel, adotaram o “ Martins”. A história registra o sobrenome Martins empregado por judeus portugueses que posteriormente emigraram-se para Londres- Inglaterra.


Os nomes dos judeus da península ibérica eram também traduzidos do hebraico, ou fonetizados na língua hispânica ou portuguesa, como por exemplo, Tzur para Rocha, Baruch para Benito ou Bendito, Moshe para Moisés, Yehuda para Judá, etc.


Era comum depois do batismo de judeus, depois que eles começaram a emigrar-se para outros países, conservarem o nome de sua cidade natal, como por exemplo, de Miranda, da cidade de Miranda ao norte de Portugal, assim também aqueles que eram de Toledo, de Braga, de Navarro, de Leon, de Coimbra, etc.


Também era comum o judeu tomar as letras finais “EZ” da palavra “Eretz” que quer dizer “terra” em hebraico em alusão a lembrança da terra de seus ancestrais. Assim, tem-se os Perez, os Lopez, os Rodriguez, os Gonzalez, Martinez, etc.


Os nomes bíblicos também incluía nomes de animais para personagens de ambos os sexos, como por exemplo: (1)


Tzippor – Ave, pássaro


Yonah – Pombo


Hanab – Gafanhoto


Tolá – Varão


Num – peixe


Rahel – cerva


Deborah – abelha


Yael- cabra da montanha


Outros exemplos da origem dos nomes:


-         Do nome Hayim, vida em hebraico, originou-se do latim, Vita, Vito, Viton, Vital, Vidal, Vida, Vidalon, Vivones.


-         Do nome Shem Tob ( Nome Bom), originou-se Nomebom, Bom Nom, Santob, Santo, Sento(em Castilha), Santhon, Centon, Santon ( no reino de Aragão).


-         Yom tob – dia Bom, derivou Bondia, bondiag,Bondion, Jento, Gento, Bonfed, Janto no reino de Aragão.


-         Tob Elen é trazido por Boa Criança, Bom Menino, Bom Filho, derivou Bon Enfant, Bonfils, Narbonne, Bonfil


-         Castiel – aquele que vem de Castilha


-         Laredo – aquele que vem da província de Santander


-         Medina – de Medina de Pomar, província de Burgos


-         Fonseca – de Fonseca – Província de Oviedo


-         Miranda – da cidade de Miranda


Exemplos de nomes advindos de particularidades físicas:


-         Catan – Pequeno


-         Moreno – pele morena


-         Amzalag -  o Calvo, o Careca


-         Guidon ou Guideon – cansado, quebrado, estropiado


-         Beloniel – filho do Enfermo, do Fraco


-         José- Yosef – ele ajustará


Exemplos de nomes Teofóricos:


-         Neemias – Filho do D-us consolará


-         Eliezer – Meu D-us socorredor


-         Ezra ou Esdras – socorro, ajuda


-         Israel – Filho do D-us vencerá


-         Shaú – desejado por D-us


-         Amiel – Povo de D-us, adoradores


-         Daniel – D-us é meu juiz


-         Rafael – D-us que cura, etc.


Nomes de animais:


-         Lobato – Lobo


-         Sabá – Leão


-         Efron – Gazela


-         Albaz – O Falcão


Relação dos Nomes Patronímicos


A relação dos nomes das famílias sefarditas, como foram grafados na época por pessoas que às vezes pertenciam à mesma família, mas que escreveram seus sobrenomes de modo diferente, como eram pronunciados em sua terra de origem.


O período aqui abrangido corresponde aproximadamente a noventa anos, desde a extinção da Inquisição no Reino Unido de Portugal – Brasil.


-         Cadosh – Caén – Caggi- Cahen – Cardozo


-         Cohen – Cohim – Coriat – Corte Real


-         David – Davila – Delmar


-         Elbas – alves


-         Fahri – Farahe – Fassi – Fima- Foinquinos- Franco


-         Gabay – Gabizón – Galano- Grason- gonçalves- Guenum


-         Hachuel – Halevy – Hamouss – Hamoy


-         Hazan – Henriques – Hombres- Homem


-         Levi – Levin- Ley – Lopez- Loreti


-         Maimarán – malaquias – Marques – Mathias- Medina- Melo- Mendes-Meyer- Moreno


-         Pacífico – Pazuelo- Peres – Perez- Pinto- Primo


-         Sabá – Scrão – Salgado- Samuel- Secrón- Semana-


-         Sentob- Serfati Serigue- Serruya- Serulha


-         Sinay – Sion- Siqueira- Soares- Suaha-Suzanna


-         Tapiero – Taub- Titan-Tolebem-toedano-Tzion


-         Yahir- Yair- Jair- Yosseph


-         Zagury-Zanzon-Zetune


É importante ressaltar que os nomes hebraicos sempre assimilou os nomes do país ou da localidade. Os nomes dos judeus Ashkenazim são bons exemplos. Por exemplo, na bíblia não se encontra os Goldstein, Rosengaus, Rosemberg, Eistein, Weissman, kaufman, Silberman, Freud,etc. São nomes típicamente germânicos. Da mesma forma, nomes como Polansky, Sharansky, Lavinsky são exemplos de nomes poloneses. Idem Costeau, Costin, Bom Enfant são franceses. Já os nomes dos Sefarditas da Espanha encontramos aqueles que mantiveram seus hebraicos, como Abravanel, Perez, Levy, Cohen, etc. e outros que foram assimilados da língua espanhola, como Ximenez, Lopez, Rodriguez, Gonzalez, etc. Já em Portugal, encontramos os Miranda, os Cardozo, os Pintos, Almeida, Azeredo, Azevedo, os Martins, os Costas, Nogueira, Pereira, Teixeira, etc.


Fica uma ressalva que os nomes sefarditas devem ser preservados, quebrando todo e qualquer tipo de preconceito junto as comunidades judaicas. Como a maioria dos judeus Ashknazi possuem e preservaram seus nomes germânicos, poloneses e russos, etc.


Da mesma forma que nem todo kaufman ou Rosemberg é judeu, da mesma forma nem todo Miranda ou Pinto também.


Se falamos agora da restauração dos cristãos-novos ou marranos às suas raízes judaicas, devemos também preservar os nomes hispânico-portugueses, pois são autênticos e históricos.

Fonte:
http://www.anussim.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=18&Itemid=27

Cohen


As mãos em posicão do Cohen, tradicional benção que os sacerdotes judaicos dão para sua congregação.
Família Cohen


Cohen ou Kohen (em hebraico כהן, sacerdote, pl. כהנים kohanim) é o nome dado aos sacerdotes na Torá, cujo líder era o Cohen Gadol (Sumo Sacerdote de Israel),[carece de fontes] sendo que todos deveriam ser descendentes de Aarão.[1]
Hoje, dentro do judaísmo, Cohen é uma classe de pessoas que possuem a tradição e reconhecimento da comunidade judaica, de que sejam descendentes da casta sacerdotal. Realizam alguns serviços especiais nas sinagogas, e devem obedecer certos preceitos para garantir que estejam aptos a exercerem novamente o sacerdócio quando ocorrer a reconstrução do Templo de Jerusalém. Segundo as escrituras, e profecia de Ezequiel, somente os Cohen da semente de Zadoque serão selecionados para o ministério sacerdotal.


Os estudiosos partiram da hipótese de que se todos os cohanim da atualidade descendem de Aarão, devem ter marcadores genéticos ou alotipos comuns. As pesquisa encontraram um marcador particular (YAP) detectado em 45% dos Cohanim. Sucessivamente a seleção dos marcadores do cromossomo Y foi ampliada e foram encontrados seis marcadores específicos em 97 dos 106 cohanim testados. Esse conjunto de marcadores chama-se "Cohen Modal Haplotype" (CMH) foi encontrada entre ashkenazim como sefaradim, e serve como meio de definição atualmente da linhagem sacerdotal. Entre não judeus, a seqüência praticamente inexiste, sendo encontrado com incidências de 14% entre Yemitas e ~7% entre Jordanianos [2]. Em 2009, foram publicados novos artigos que informam a descoberta de uma assinatura genética nos Cohen do Haplogroup J2, que apontam um tempo de ancestralidade ligado a Zadoque,[carece de fontes] o sumo-sacerdote que ungiu o Rei Salomão.


Apelido Cohen


O estatuto do Kohen no judaísmo não tem necessáriamente qualquer relação com o apelido. Embora seja verdade que muitas vezes descendentes de kohanim ostentar sobrenomes que reflectem a sua genealogia, existem muitas famílias com o sobrenome Kohen (ou qualquer número de variações), que nem sequer são judeus. Por outro lado, há muitos judeus Kohen que não têm esse nome como apelido.
Existem inúmeras variações para a grafia do sobrenome Kohen. Estas são frequentemente corrompidas pela tradução ou transliteração nas outras linguas, a convergência com sobrenomes gentios como exemplificado abaixo (não uma lista completa).
em inglês: Cohen, Cahn, Carne, Cohn, Conn, Conway, Cohan, Chaplan(Cohan também é um apelido de origem irlandesa e Conway também é um sobrenome de origem galesa)
em alemão: Kohn, Kuhn, Kuhin, Kuhim, Kahn, con / Coen, Katz (uma abreviatura para hebraico Kohen Zedek(כהן צדק), ou seja, "Kohen justos" ou "justo sacerdote ")
em neerlandês: Cohen, Conklin, Kon, katten(traduzido como "Kohen "), Kain / Kaein
em francês: Cahen, Cohen, Caen
em italiano: Coen, Cohen, Sacerdote(italiano para "padre "), sacerdotes
em espanhol: Coen, Cohen, Koen, Cannoh, canno, Canoh, Cano
em russo: Kogan, Brevda, Kagedan / Kagidan (em hebraico, este nome é escrito "kaf-shin-daled-freira" e é um acrônimo para "Kohanei Shluchei DeShmaya Ninhu, "que é para aramaico", os sacerdotes são mensageiros do céu "). Kazhdan / Kazdan / Kasdan / Kasdin / Kasden são também possíveis variações deste nome.
em sérvio: Koen, Kon, Kojen
em polaco: Kon
em português: Cunha, Cão
em turco: Kohen
em árabe: al-Kohen
em japonês: Kinkaku
Antiga / Moderna hebraico: Kohen, Hakohen, ben-Kohen, bar-Kohen
Outros: Maze (acrónimo demi zerat Aharon,ou seja, "da semente de Arão"), Azoulai (acrónimo deishah zonah ve'challelah lo yikachu,que significa "uma mulher que ele estrangeiro ou divorciados devem não ter; "proibição vinculativa sobre Kohanim), Rappaport, Shapiro, Kahane, Quinn (gaélico ou Inglês), Kohanchi (persa). Predefinição:Carece-fontes
No entanto, por quaisquer meios são todos os judeus com esses apelidos kohanim. Além disso, alguns "Kohen"-tipo sobrenomes são consideradas as mais fortes indicações de estado do que outros. "Cohen" é um dos mais difíceis de comprovar, devido à sua mera uniformização.
Na contemporânea Israel "Moshe Cohen" é o equivalente de "José da Silva" no Brasil - ou seja, proverbialmente o mais comum de nomes.

Fonte: http://www.cohen.org.br/

Sobrenomes Portugueses de Origem Judaica


SOBRENOMES
Portugueses e Origem Judaica


A presença judia na Península Ibérica é de remotíssima memória, já se referindo a ela o Concílio de Orleans, realizado no ano de 538, e o de Toledo, em 633. Por essa época, os judeus ostentavam nomes e sobrenomes hebraicos.


Mais tarde, com a ocupação mulçumana, a antroponímia judia também assimilou essa influência, aparecendo nomes de sonoridade árabe, ao lado dos puramente hebraicos e espanhóis.


Em 1492, os Reis Fernando e Isabel de Castela, conhecidos como Reis Católicos, decretaram a expulsão dos judeus da Espanha. Em razão disso, cerca de cento e vinte mil pessoas foram buscar refúgio em Portugal e, nessa mudança, levaram consigo sobrenomes árabes, hebraicos e espanhóis, além dos nomes de família representados por topônimos.


O crescimento da comunidade judaica em Portugal não agradou aos Reis Católicos, que passaram a exercer pressão política sobre o rei português no sentido de que este também expulsasse os semitas do território lusitano. Em 1496, D. Manuel I decretou a expulsão dos judeus de Portugal, oferecendo, contudo, a oportunidade de permanecerem no país, mediante conversão ao catolicismo.


Essa conversão, através do batismo, exigia nomes cristãos e, via de regra, o converso assumia nome e sobrenome tipicamente portugueses. Muitos mantinham, reservadamente, seus nomes originais, pois grande parte das conversões eram apenas de fachada, preservando a fé na lei mosaica na intimidade da família.


Com o estabelecimento do Tribunal da Inquisição, em 1536, iniciou-se um caçada aos cristão-novos. A bem da verdade, o escopo do Santo Ofício era expungir da sociedade os "infectos de sangue" (árabes, negros, mulatos, judeus, ciganos, etc) e os de conduta reprovável (feiticeiros, adúlteros, sodômicos, etc). Ocorre que o comunidade judia era a de número mais significativo e sempre associada, pelo anti-semitismo popular, à imagem de assassinos de Cristo, passando, portanto, a sofrer maior perseguição.


Nas listas de processados pelo Santo Ofício, por serem judeus ou cristão-novos, encontram-se milhares de nomes e sobrenomes genuinamente portugueses, causando mesmo estranheza que nomes hebraicos raramente sejam mencionados.


Analisando essas listas, nota-se que qualquer sobrenome português poderá ter sido, em algum tempo ou lugar, usado por um judeu ou cristão-novo. Não escaparam ao uso sobrenomes bem cristãos, tais como "dos Santos", "de Jesus", "Santiago", etc. Certos sobrenomes, porém, aparecem com maior freqüência, tais como "Mendes", "Pinheiro", "Cardoso", "Paredes", "Costa", "Pereira", "Henriques", etc. O de maior incidência, no entanto, foi o "Rodrigues."


Alguns documentos ainda mantêm registrados os nome originais dos judeus que, ao serem batizados, assumiram nomes tipicamente portugueses. Eis alguns exemplos:


Nome Original Judeu --> Nome Cristão Português


Abraão ...? --> Gonçalo Dias
Abraão Gatel --> Jerônimo Henriques
Benyamim Beneviste --> Duarte Ramires de Leão
Eliézer Toledano --> Manoel Toledano
Isaac Catalan --> Rafael Dias
Isaac Tunes --> Gabriel Velho
Icer ...? --> Grácia Dias
Luna Abravanel --> Leonor Fernandes
Salomão aben Haim --> Luís Álvares
Salomão Coleiria --> Gonçalo Rodrigues
Salomão Molcho --> Diogo Pires
Samuel Samaia --> Pero Francisco
Santo Fidalgo --> Diogo Pires
...? Arame --> Francisco Martins
...? Cabanas --> Estevam Godinho
...? Cohen --> Luis Mendes Caldeirão
...? Gatel --> Francisco Pires
Costuma-se dizer que os judeus tomavam como sobrenomes nomes de árvores e animais. Mas, a bem da verdade, esses sobrenomes já apareciam na antroponímia portuguesa desde que se tornou usual a adoção de um nome de família, não sendo, portanto, de ocorrência exclusiva entre os hebreus.


O Brasil Colonial recebeu um grande contigente de imigrantes portugueses. Estima-se que durante o ciclo do ouro cerca de 800 mil pessoas fixaram-se em nosso país. Entre esses adventícios, certamente, vieram os cristãos-novos. Nas listas dos Autos-de-fé da Inquisição, mencionam-se centenas de processados nascidos no Brasil ou aqui radicados. Contudo, identificar algum deles em pesquisas genealógicas não constitui tarefa fácil.


Muitos judeus modernos, descendentes dos expulsos da Espanha e Portugal, que hoje vivem principalmente na Holanda, Itália, E.U.A. e Israel, preservam seus sobrenomes portugueses, às vezes com grafia já deturpada.


Em resumo, em termos genealógicos, a incidência de determinado sobrenome português, que tenha sido de freqüente uso entre judeus, por si só não autoriza dizer que determinada família seja de origem judaica ou cristã-nova. Por outro lado, nem os sobrenomes tipicamente cristãos garantem que a família seja, usando a terminologia da época, cristã-velha.


Fonte: http://www.saudades.org/portugueorigem.html

Rubens Rodrigues Camara rrcamara@task.com.br
Homepage: http://www.geocities.com/Heartland/1074

Sobrenomes e apelidos judaicos


Sobrenomes e apelidos dos Cristãos Novos


Muitos de nossos usuários nos escrevem a procura do significado de seus sobrenomes, e alguns ainda, nos reportam que suas árvores chegam até um determinado ponto e o sobrenome ou apelido simplesmente, desapareceu no tempo.


Muitas são as razões para que isto aconteça,  mas na grande maioria, existe uma explicação histórica que só precisa de um pouquinho de paciência e boa leitura e muita pesquisa para resolver este problema.


Hoje vamos começar com uma passagem da história, ocorrida em Portugal e Espanha, lá pelos idos anos de 1492, quando o Rei Fernando II de Aragão e a rainha Isabel I de Castela, expulsaram os judeus da Espanha. Este povo, quase 60 mil deles, se instalou então em Portugal e durante o reinado de D. João I, que viu nestes foragidos a possibilidade de agregar valores financeiros e intelectuais para Portugal, foram bem aceitos e prosperaram, dando ao reino e a sociedade uma grande contribuição em áreas do conhecimento que até então era pouco ativa ou até mesmo inexistente na sociedade portuguesa. Talentosos em comércio de capitais, ciência, medicina, farmácia, artesanato, ourivesaria, sapataria, alfaiataria e tecelagem foram ocupando espaço e formando comunidades cada vez mais fortes que democraticamente conviviam com a realeza.


Juntamente com os mouros, que eram muçulmanos, os judeus  iam cada vez mais tendo as suas comunidades e se expandindo, com a formação de bairros, vilas e locais próprios, onde sua cultura, língua e religião podiam serem mantidas independente do resto do reino e Portugal.


Esta boa convivência ruiu quando veio a falecer D. João I e assumiu o trono D. Manuel, que por aliança com o reino de Espanha, pelo seu matrimônio com a infanta Isabel de Aragão, determinou por força de decreto que todos os judeus e mouros, se convertessem ao catolicismo, forçando a saída do país de judeus e mouros  que não adotassem a religião cristã, mas, foi uma medida econômica atrapalhada que foi corrigida em 1497 com a proibição da saída destes judeus do país, evitando assim a fuga dos Bens de Capital do país.  Nesta época, muitos judeus e mouros, adotaram a Lei e ao aderirem "disfarçadamente" ao catolicismo, mudaram seus sobrenomes ou apelidos para se esconderem, e usaram na maioria das vezes, animais, plantas para constituírem seus novos apelidos ou sobrenomes, assim, o termo Cristão Novo foi criado.


Isto só não bastou para que na Páscoa de 1506, uma revolta popular liderada por monges beneditinos, levasse a morte centenas destes Novos Cristãos no que foi chamado de Massacre de Lisboa, acentuando consideravelmente o clima de anti-semistimo em Portugal.


Somente em 1773, é que uma nova lei, revogava os decretos de D. Manuel, e foi chamada de Restauração, excluindo a obrigatoriedade de se adotar nomes não judeus para os descendentes de judeus, assim, muitos sobrenomes que hoje conhecemos são desta época, desta parte da história.


Muitos Judeus desta época também são chamados de Convertidos.


Para saber mais sobre o assunto as chaves de pesquisa são: Cristãos Novos, Diáspora Sefardita,  e uma passagem obrigatória pelo site www.sephardim.com (em inglês com tradução).


Alguns sobrenomes/apelidos criados com estes  acontecimentos estão relacionados abaixo, mas, se o seu sobrenome ou apelido se encontra entre eles, não necessariamente você é um descendente de judeu ou  de um convertido, mas existe uma grande possibilidade de que tanto em Portugal quanto no Brasil, pode ser que sua ascendência tenha uma relação que só pode ser desvendada com a sua genealogia, portanto, ninguém precisa sair por ai se dizendo mouro ou judeu sem que a pesquisa genealógica comprove a relação de parentesco com estas famílias do século XV.


A


Abreu, Abrunhosa, Affonseca, Affonso,Aguiar,Ayres,Alam,Alhertú, Albuquerque, AlÍaro, Almeida, Alonso, Alvade, Alvarado, Alvarenga, Alvares, Aivarez, Anelos, Alveres, Alves, Aivim, Alvorada, Alvres, Amado, Amaral, Andrada, Andrade, Anta, Antônio, Antunes, Arailjo, Araújo, Arrahaça,Arroyo, Arroja, Aspalhão, Assumpção, Athayde, Avila, Avis, Azeda, Azeitado, Azeredo, Azevedo.


B


Bacelar, Balão, Baihoa, Balíeyro, Balteiro, Bandes, Baptista, Barata, Barbalha, Barhosa, Barhoza, Bareda, Barrajas, Barreira, Barreta, Barreto, Barros, Bastos, Bautista, Batista, Beirão, Belinque, Belmonte, Bello, Bentes, Bernal, Bernardes, Bezerra, Bicudo, Bispo, Bivar, Bocarro, Boned, Bonsucesso, Borges, Borralho, Botelho, Bragança, Brandão, Bravo, Brites, Brito, Brum, Bueno, Bulhão..


C


Cahaço, Cahral, Cahreíra, Cáceres, Caetano, Calassa, Caldas, Caldeira, Caldeyrão, Callado, Camacho, Câmara, Camejo, Caminha, Campo, Campos, Candeas, Capote, Cárceres, Cardoso, Cardozo, Carlos, Carneiro, Carrança, Carnide, Carreira, Carrilho, Carrollo, Carvalho, Casado, Casqueiro, Cásseres, Castanheda, Castanho, Castelo, Castelo Branco, Castelhano, Castilho, Castro, Cazado, Cazales, Ceya, Cespedes, Chacla, Chacon, Chaves, Chito, Cid, Cobilhos, Coché, Coelho, Collaço, Contreíras, Cordeiro, Corgenaga, Coronel, Corrêa, Cortei., Comjo, Costa, Coutinho, Couto, Covilhã, Crasto, Cruz, Cunha..


D


Damas, Daniel, Datto, Delgado, Devei, Diamante, Dias, Diniz, Dionísio, Dique, Déria, Dona, Dourado, Drago, Duarte, Duraes.


E


Eliate, Escobar, Espadilha, Espinhoza, Espinoza, Esteves, Évora.


F


Faísca, Falcão, Faria, Farinha, Faro, Farto, Fatexa, Febos, Feijão, Feijó, Fernandes, Ferrão, Ferraz, Ferreira, Ferro, Fialho, Fidalgo, Figueira, Figueiredo, Figueiró, Figueiroa, Flores, Fogaça, Fonseca, Fontes, Forro, Fraga, Fragozo, França, Frances, Francisco, Franco, Freire, Freitas, Froes, Frois, Furtado.


G


Gabriel, Gago, Galante, Galego, Galeno, Gallo, Galvão, Gama, Gamboa, Gançoso, Ganso, Garcia, Gasto, Gavilão, Gil, Godirtho, Godins,Goes, Gomes, Gonçalves, Gouvea, Gracia, Gradis, Gramacho, Guadalupe, Guedes, Gueybara, Gueyros, Guerra, Guerreiro, Gusniao, Guterres.


H


Henriques, Homem.


I


Idanha, Iscol, Isidro


J


Jordâo, Jorge, Jnbim, Julião


L


Lafaia, Lago, Laguna, Lmy, Lara, Lassa, Leal, Leão, Ledcsma, Leitão, Leite, Lemos, Lima, Liz, Lobo, Lodesma, Lopes, Loução, Loureiro, Lourenço, Louzada , Louzano, Lucena, Luíz, Lima, Luzarte.


M


Macedo, Machado, Machuca, Madeira, Madureira, Magalhães, Maia, Maioral, Maj, Maldonado, Malheiro, Manem, Manganês, Manhanas, Manoel, Manzona, Marçal, Marques, Martins, Mascarenhas, Mattos, Matoso, Medalha, Meddros, Medina, Melão, Mello, Mendanha, Mendes, Mendonça, Menezes, Mesquita, Mezas, Miffio, Miles, Miranda, Moeda, Mogadouro, Mogo, Molina, Mot,forte, Monguinho, Moniz, Monsanto, Montearroyo, Monteiro, Montes, Montezinhos, Moraes, Morales, Morão, Morato, Moreas, Moreira, Moreno, Motta, Moura, Mouzinho, Munhoz.


N


Nabo, Nagera, Navarro, Negrão, Neves, Nicolao, Nobre, Nogueira, Noronha, Novaes, Mines


O


Oliva, Olivares, Oliveira, Oróbio


P


Pacham, Pachão, Paixão, Pacheco, Paes, Paiva, Palancho, Palhano. Pantoja, Pardo, Paredes, Parra, Páscoa, Passos, Paz, Pedrozo, Pegado,Peinado, Penalvo, Penha, Penso, Penteado, Peralta, Perdigão, Pereira,Peres, Pessoa, Pestana, Picanço, Pilar, Pimentel, Pina, Pineda, Pinhâo,Pinheiro, Pinto, Pires, Pisco, Pissarro, Piteyra, Pizarro, Ponheiro, Ponte, Porto, Pouzado, Prado, Preto, Proença.


Q


Quadros, Quaresma, Queiroz, Quental


R


Rabelo, Rabocha, Raphael, Ramalho, Ramires, Ramos, Rangel, Raposo, Rasquete, Rehello, Rego, Reis, Rezende, Ribeiro, Rios, Robles, Rocha, Rodrigues, Roldão, Romão, Romeiro, Rosário, Rosa, Rosas, Rosado, Ruivo, Ruiz.


S


Sá, Salgado, Saldanha, Salvador,Samora, Sampaio, Samuda, Sanches, Sandoval, Santarém, Santiago, Santos, Saraiva, Sarilho, Saro, Sarzedas, Seixas, Sena, Semedo, Sequeira, Seralvo, Serpa , Serqueira, Serra, Serrano, Serrão, Sorveira, Silva, Silveira, Simão, Simões, Siqueira, Soares, Sodenha, Sodré, Soeyro, Sola, Solis, Sondo, Soutto-Mayor, Souza.


T
Tagarro, Tareu, Tavares, Taveira, Teixeira, Telles, Thomás, Toloza, Torres, Torrones, Tola, Tourinho, Tovar, Trigillos, Trigueiros, Trindad.


U


Uchfla


V


Valladolid, Valle, Valença, Valente, Vareja, Vargas, Vasconcellos, Vasques, Vaz Veiga, Velasco, Vellez, Velho, Veloso, Vergueiro, Vianna, Vicente,Viegas,Vieira,Vigo, Vilhalva,Vilhegas, Villena, Villa, Villalão, Villa-Lobos, Villanova, Villar, Villa-Real, Villella, Vizeu.


X


Xavier, Ximenes.


Z


Zuriaga.


Comente esta postagem, verifique em sua árvore se algum dos ramos apresenta os sobrenomes, faça sua pesquisa e nos diga qual é a sua opinião.

FONTE:
http://blog.myheritage.com.br/2010/04/sobrenomes-e-apelidos-dos-cristaos-novos/

Genealogia Judaica através do sobrenome.


Genealogia Judaica Portuguesa


Nas últimas semanas, recebi no Correio da Judiaria várias mensagens de leitores que indagavam sobre as suas eventuais raízes judaicas. Por vezes os nomes de família e as terras de origem dizem tudo, e basta uma consulta rápida em dois ou três livros de história ou genealogia sefardita para confirmar uma conversão forçada ao catolicismo ou um julgamento perante os tribunais da Inquisição. Outras vezes é preciso trabalhar mais para conseguir desenterrar o que em muitas famílias portuguesas é o mais bem guardado dos segredos. Há uma extensa bibliografia que pode ajudar a traçar esta geografia da identidade pessoal de muitos descendentes de judeus portugueses. Aqui ficam alguns dos livros que considero fundamentais:


“A History of the Marranos”, Cecil Roth
“Sangre Judia”, Pere Bonnin
“Secrecy and Deceit: The Religion of the Crypto-Jews”, David Gitlitz
“Os Marranos em Portugal”, Arnold Diesendruck
“A Origem Judaica dos Brasileiros”, José Geraldo Rodrigues de Alckmin Filho
“Dicionário Sefaradi de Sobrenomes”, Guilherme Faiguenboim, Anna Rosa Campagnano e Paulo Valadares (ver Folha Online - Dicionário viaja ao passado dos sefaradis - 06/01/2004)


A título de referência breve, aqui seguem alguns nomes de família de “cripto-judeus”, prevalentes, mas não de forma exclusiva, nas regiões da Beira-Baixa, Trás-os-Montes e Alentejo*:


Amorim; Azevedo; Alvares; Avelar; Almeida; Barros; Basto; Belmonte; Bravo; Cáceres; Caetano; Campos; Carneiro; Carvalho; Crespo; Cruz; Dias; Duarte; Elias; Estrela; Ferreira; Franco; Gaiola; Gonçalves; Guerreiro; Henriques;Josué; Leão; Lemos; Lobo; Lombroso; Lopes; Lousada; Macias; Machado; Martins; Mascarenhas; Mattos; Meira; Mello e Canto; Mendes da Costa; Miranda; Montesino; Morão; Moreno; Morões; Mota; Moucada; Negro; Nunes; Oliveira; Ozório; Paiva; Pardo; Pilão; Pina; Pinto; Pessoa; Preto; Pizzarro; Ribeiro; Robles; Rodrigues; Rosa; Salvador; Souza; Torres; Vaz; Viana e Vargas.


Nomes de famílias judaicas portuguesas na Diáspora (Holanda, Reino Unido e Américas)**


Abrantes; Aguilar; Andrade; Brandão; Brito; Bueno; Cardoso; Carvalho; Castro; Costa; Coutinho; Dourado; Fonseca; Furtado; Gomes; Gouveia; Granjo; Henriques; Lara; Marques; Melo e Prado; Mesquita; Mendes; Neto; Nunes; Pereira; Pinheiro; Rodrigues; Rosa; Sarmento; Silva; Soares; Teixeira e Teles (entre muitos outros).


Sobrenomes judaicos de origem portuguesa na América Latina***:


Almeida; Avelar; Bravo; Carvajal; Crespo; Duarte; Ferreira; Franco; Gato; Gonçalves; Guerreiro; Léon; Leão; Lopes; Leiria; Lobo; Lousada; Machorro; Martins; Montesino; Moreno; Mota; Macias; Miranda; Oliveira; Osório; Pardo; Pina; Pinto; Pimentel; Pizzarro; Querido; Rei; Ribeiro; Robles; Salvador; Solva; Torres e Viana


*in “Os Marranos em Portugal”, Arnold Diensendruck
** in “Raízes Judaicas no Brasil”, Flávio Mendes de Carvalho
*** in “Os Nomes de Família dos Judeus Creolos”, estudo de Arturo Rab, publicado na revista “Juedische Familien Forschung”, Berlim, 1933


::ADENDA:: Nomes de família citados com maior frequência nos documentos da Inquisição, relativos a “relapsos” condenados pelo “crime de judaísmo”:


Rodrigues_________453 pessoas
Nunes____________229 pessoas
Mendes___________224 pessoas
Lopes____________282 pessoas
Miranda__________190 pessoas
Gomes___________184 pessoas
Henriques_________174 pessoas
Costa____________138 pessoas
Fernandes_________132 pessoas
Pereira___________124 pessoas
Dias_____________124 pessoas


Segue uma listagem (reduzida) de nomes de familias judias e cripto-judias retirada do Dicionário Sefaradi de Sobrenomes:


A


Abreu Abrunhosa Affonseca Affonso Aguiar Ayres Alam Alberto Albuquerque Alfaro Almeida Alonso Alvade Alvarado Alvarenga Álvares/Alvarez Alvelos Alveres Alves Alvim Alvorada Alvres Amado Amaral Andrada Andrade Anta Antonio Antunes Araujo Arrabaca Arroyo Arroja Aspalhão Assumção Athayde Avila Avis Azeda Azeitado Azeredo Azevedo


B


Bacelar Balao Balboa Balieyro Baltiero Bandes Baptista Barata Barbalha Barboza /Barbosa Bareda Barrajas Barreira Baretta Baretto Barros Bastos Bautista Beirao Belinque Belmonte Bello Bentes Bernal Bernardes Bezzera Bicudo Bispo Bivar Boccoro Boned Bonsucesso Borges Borralho Botelho Braganca Brandao Bravo Brites Brito Brum Bueno Bulhao


C


Cabaco Cabral Cabreira Caceres Caetano Calassa Caldas Caldeira Caldeyrao Callado Camacho Camara Camejo Caminha Campo Campos Candeas Capote Carceres Cardozo/Cardoso Carlos Carneiro Carranca Carnide Carreira Carrilho Carrollo Carvalho Casado Casqueiro Casseres Castenheda Castanho Castelo Castelo branco Castelhano Castilho Castro Cazado Cazales Ceya Cespedes Chacla Chacon Chaves Chito Cid Cobilhos Coche Coelho Collaco Contreiras Cordeiro Corgenaga Coronel Correa Cortez Corujo Costa Coutinho Couto Covilha Crasto Cruz Cunha


D


Damas Daniel Datto Delgado Devet Diamante Dias Diniz Dionisio Dique Doria Dorta Dourado Drago Duarte Duraes


E


Eliate Escobar Espadilha Espinhosa Espinoza Esteves Évora


F


Faisca Falcao Faria Farinha Faro Farto Fatexa Febos Feijao Feijo Fernandes Ferrao Ferraz Ferreira Ferro Fialho Fidalgo Figueira Figueiredo Figueiro Figueiroa Flores Fogaca Fonseca Fontes Forro Fraga Fragozo Franca Frances Francisco Franco Freire Freitas Froes/Frois Furtado


G


Gabriel Gago Galante Galego Galeno Gallo Galvao Gama Gamboa Gancoso Ganso Garcia Gasto Gavilao Gil Godinho Godins Goes Gomes Goncalves Gouvea Gracia Gradis Gramacho Guadalupe Guedes Gueybara Gueiros Guerra Guerreiro Gusmao Guterres


H/I


Henriques Homem Idanha Iscol Isidro Jordao Jorge Jubim Juliao


L


Lafaia Lago Laguna Lamy Lara Lassa Leal Leao Ledesma Leitao Leite Lemos Lima Liz Lobo Lopes Loucao Loureiro Lourenco Louzada Lucena Luiz Luna Luzarte


M


Macedo Machado Machuca Madeira Madureira Magalhaes Maia Maioral Maj Maldonado Malheiro Manem Manganes Manhanas Manoel Manzona Marcal Marques Martins Mascarenhas Mattos Matoso Medalha Medeiros Medina Melao Mello Mendanha Mendes Mendonca Menezes Mesquita Mezas Milao Miles Miranda Moeda Mogadouro Mogo Molina Monforte Monguinho Moniz Monsanto Montearroyo Monteiro Montes Montezinhos Moraes Morales Morao Morato Moreas Moreira Moreno Motta Moura Mouzinho Munhoz


N


Nabo Nagera Navarro Negrão Neves Nicolao Nobre Nogueira Noronha Novaes Nunes


O


Oliva Olivares Oliveira Oróbio


P


Pacham/Pachão/Paixao Pacheco Paes Paiva Palancho Palhano Pantoja Pardo Paredes Parra Páscoa Passos Paz Pedrozo Pegado Peinado Penalvo Penha Penso Penteado Peralta Perdigão Pereira Peres Pessoa Pestana Picanço Pilar Pimentel Pina Pineda Pinhão Pinheiro Pinto Pires Pisco Pissarro Piteyra Pizarro Pombeiro Ponte Porto Pouzado Prado Preto Proenca


Q


Quadros Quaresma Queiroz Quental


R


Rabelo Rabocha Raphael Ramalho Ramires Ramos Rangel Raposo Rasquete Rebello Rego Reis Rezende Ribeiro Rios Robles Rocha Rodriguez Roldão Romão Romeiro Rosário Rosa Rosas Rozado Ruivo Ruiz


S


Sa Salgado Salvador Samora Sampaio Samuda Sanches Sandoval Santarem Santiago Santos Saraiva Sarilho Saro Sarzedas Seixas Sena Semedo Sequeira Seralvo Serpa Serqueira Serra Serrano Serrao Serveira Silva Silveira Simao Simoes Soares Siqueira Sodenha Sodre Soeyro Sueyro Soeiro Sola Solis Sondo Soutto Souza


T/U


Tagarro Tareu Tavares Taveira Teixeira Telles Thomas Toloza Torres Torrones Tota Tourinho Tovar Trigillos Trigueiros Tridade Uchôa


V/X/Z


Valladolid Vale Valle Valenca Valente Vareda Vargas Vasconcellos Vasques Vaz Veiga Veyga Velasco Velez Vellez Velho Veloso Vergueiro Viana Vicente Viegas Vieyra Viera Vigo Vilhalva Vilhegas Vilhena Villa Villalao Villa-Lobos Villanova Villar Villa Real Villella Vilela Vizeu Xavier Ximinez Zuriaga

FONTE:
http://ruadajudiaria.com/?p=77

judeus brasileiro


Imigração judaica.


Os primeiros judeus a chegar ao território brasileiro no começo da colonização sãos os cristãos-novos, convertidos contra a vontade ao cristianismo para fugir da inquisição em Portugal.
Em 1812, o primeiro grupo de sefaradim (judeus de origem e ascendência ibérica) instala-se na Amazônia. A partir de 1850, judeus de várias procedências se fixam no país.
A imigração de ashkenazim (judeus europeus de cultura iídiche) se verifica no início do século XX, principalmente no Rio Grande do Sul. Em janeiro de 2000, é descoberta no estado de Pernambuco, em Recife, a primeira sinagoga das Américas, com data de construção de 1637.
Antes da descoberta, acreditava-se que a primeira sinagoga brasileira tivesse sido fundada no Rio de Janeiro em 1910.
A partir de 1933 começam a chegar ao Brasil os judeus alemães fugidos da perseguição promovida pelos nazistas. Em 1991 existiam 86,4 mil judeus no país. As maiores concentrações estão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Fonte: www.portalbrasil.net

Tudo sobre o Messias


Tudo sobre o Messias
Rabino Aryeh Kaplan


Descendente do Rei David, ele profetizará uma era de paz mundial.


O Messias será um ser humano normal, nascido de pais humanos. Conseqüentemente, é possível que até já tenha nascido.


Semelhantemente, o Messias será mortal. Finalmente, morrerá e deixará seu reino como herança para seu filho ou sucessor.


A tradição menciona que este será um descendente direto do Rei David, filho de Jesse, como está escrito, "Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes um renovo." (Isaías 11:1). Da mesma forma, em nossas orações, pedimos, "que o filho de David floresça," e "que a memória de Mashiach Ben David surja... perante você." Existem inúmeras famílias judias hoje que podem traçar sua descendência diretamente ao Rei David.


O Messias será o maior líder e gênio político que o mundo já viu. E, igualmente será o homem mais sábio que já existiu. Usará seus talentos extraordinários para precipitar uma revolução mundial que trará a justiça social perfeita para a humanidade, e influenciará todas as pessoas a servirem a D’us com coração puro.


O Messias também alcançara a profecia e se tornará o maior profeta da história, segundo somente para Moisés.


Qualidades especiais
O profeta Isaías descreveu seis qualidades com as quais o Messias será santificado: "o espírito do D’us descansará nele, (1) o espírito de sabedoria e (2) compreensão, (3) o espírito do aconselhamento e (4) grandeza, (5) o espírito do conhecimento e (6) o temor a D’us" (Isaías 11:2). Em todas estas qualidades, o Messias superará qualquer outro ser humano.


O Messias não se deixará iludir pela falsidade e hipocrisia deste mundo. Terá o poder para entender o espírito da pessoa, conhecendo assim, seu registro espiritual completo podendo então julgar se é culpado ou não. Com relação a este poder, está escrito, "Deleitará-se pelo temor a D’us; não julgará pelo que seus olhos vêem, ou repreenderá pelo que seus ouvidos ouvem" (Isaías 11:3). Este é um sinal pelo qual o Messias será reconhecido. Porém, similarmente como o presente da profecia, este poder se desenvolverá gradualmente.


O Messias usará este poder para determinar em qual tribo cada judeu pertence. Então, dividirá a Terra de Israel em heranças terrestres onde cada tribo receberá sua parte. Começará com a tribo de Levi, determinando a legitimidade de cada Cohen e Levi. Com relação a isso o profeta escreve, "Ele purificará as crianças de Levi, e refinará-las como ouro e prata, para se tornarem portadoras de uma oferenda para D’us com honradez" (Malachi 3:3).


Metas e Missão
A missão do Messias tem seis partes. Sua tarefa principal é fazer com que todo o mundo retorne para D’us e Seus ensinamentos.


Ele também restabelecerá a dinastia real para os descendentes de David.


Ele supervisionará a reconstrução de Jerusalém, inclusive o Terceiro Templo.


Ele juntará o povo judeu na Terra de Israel.


Ele restabelecerá o Sanhedrin, o supremo tribunal religioso e as leis do povo judeu. Esta é uma condição necessária para a reconstrução do Terceiro Templo, como está escrito, "restituirei os teus juízes, como eram antigamente, os teus conselheiros, como no princípio; depois te chamarão cidade de justiça, cidade fiel. Sião será redimida pelo direito, e os que se arrependem, pela justiça “(Isaías 1:26-27). Este Sanhedrin também poderá reconhecer formalmente o Messias como rei de Israel.


Ele restabelecerá o sistema sacrifícios, como também as práticas do Ano Sabático (Shmitá) e o Ano Jubileu (Iovel).


Portanto, como Maimonides declara, "Se surgir um governador da família de David, submerso em Torá e em seus Mandamentos como David e seu antepassado, que siga tanto a Torá Escrita como a Oral, que conduza Israel de volta a Torá, fortalecendo a observância de suas leis e lutando em batalhas por D’us, então podemos assumir que ele é o Messias. E se for bem sucedido na reconstrução do Templo em seu local original e juntar o povo dispersado de Israel, sua identidade como Messias passa a ser uma certeza."


Influência mundial
Assim como os poderes do Messias se desenvolverão, sua fama também o fará. O mundo começará a reconhecer sua profunda sabedoria e virá buscar seu conselho. Portanto, ensinará toda a humanidade a viver em paz e seguir os ensinamentos de D’us. Os profetas, deste modo, prenunciam, "Nos últimos dias acontecerá que o monte da casa do Eterno será estabelecido no cume dos montes, e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos. Irão muitas nações, e dirão: Vinde e subamos ao monte do Eterno, e à casa de D’us de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e as palavras do Eterno de Jerusalém. Ele (o Messias) julgará entre os povos e corrigirá muitas nações; estes converterão as suas espadas em relhas de arados, e suas lanças em podadeiras: uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra." (Isaías 2:2-4, Miquéias 4:1-3)


Na Era Messiânica muitas pessoas não-judias se sentirão compelidas a se converter ao Judaísmo como o profeta prenuncia, “Darei a todas as pessoas uma língua pura, para que possam chamar o nome de D’us, e todos possam servi-Lo de uma só forma” (Zacarias 3:9). Uma vez que o Messias se revele, todavia, convertidos não serão aceitos.


Ainda, Jerusalém se tornará o centro de adoração e instrução para toda humanidade. Deste modo D’us disse a Seu profeta, "Voltarei para Sião, e habitarei no meio de Jerusalém; Jerusalém se chamará cidade fiel; e o monte do Eterno, monte santo " (Zacarias 8:3).


Então começará o período em que os ensinamentos de D’us serão supremos sobre toda humanidade, como está escrito, "O Eterno reinará no monte Sião e em Jerusalém; perante os seus anciãos (ele revelará sua) glória " (Isaías 24:23). Todas as pessoas virão para Jerusalém buscando D’us. O profeta Zacarias descreve este fato graficamente quando diz, "Virão muitos povos, e poderosas nações buscar em Jerusalém o Eterno e suplicar a Seu favor...naquele dia sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu, e lhe dirão: Iremos convosco, porque temos ouvido que D’us está convosco." (Zacarias 8:22-23).


Em Jerusalém, o povo judeu será estabelecido como professores espirituais e morais de toda humanidade. Naquele tempo, Jerusalém se tornará a capital espiritual do mundo.


Na Era Messiânica, todas as pessoas acreditarão em D’us e proclamarão Sua Unidade. Desta forma, diz o profeta, "O Eterno será rei sobre toda terra; naquele dia um só será o Eterno, e um só será seu nome.”(Zacarias 14:9).


Paz e Harmonia
Na Era Messiânica, inveja e competições pararão de existir, e no lugar delas haverá abundância de coisas boas e todos os tipos de gentilezas serão tão normais quanto a poeira. Os homens não travarão ou se prepararão para guerra, como o profeta prenuncia, ". Uma Nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.” (Isaías 2:4).


Na Era Messiânica, todas as nações viverão pacificamente juntas. Semelhantemente, pessoas de todas os níveis viverão juntas em harmonia. O profeta comenta este fato alegoricamente quando diz, "O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi.” (Isaías 11:6-7).


Embora o Messias influencie e ensine toda humanidade, sua missão principal será trazer o povo judeu a D’us. Deste modo, o profeta diz, "Porque os filhos de Israel ficarão por muitos dias sem rei, sem príncipe, sem sacrifício, sem coluna, sem estola sacerdotal ou ídolos do lar. Depois tornarão os filhos de Israel e buscarão ao Eterno seu D’us, e a Davi, seu rei; e nos últimos dias, tremendo se aproximarão do Eterno e de sua bondade" (Oséias 3:4-5). Igualmente lemos, "O meu servo Davi reinará sobre eles; todos eles terão um só pastor, andarão nos meus juízos, guardarão os meus estatutos e os observarão.” (Ezequiel 37:24).


Ao passo que a sociedade avança em direção a perfeição e o mundo se torna cada vez mais religioso, a principal ocupação da humanidade será conhecer a D’us. A verdade será revelada e o mundo inteiro reconhecerá que a Torá é o verdadeiro ensinamento de D’us. É o que o profeta quer dizer quando escreve, "...a terra se encherá de conhecimento do Eterno, como as águas cobrem o mar” (Isaías 11:9). Da mesma forma, toda a humanidade atingirá os níveis mais altos de Inspiração Divina sem qualquer dificuldade.


Embora o homem ainda tenha o livre arbítrio na Idade Messiânica, ele terá todo o incentivo para fazer o bem e seguir os ensinamentos de D’us. Será como se o poder do mal estivesse totalmente aniquilado. É o que o profeta prenuncia, "porque está é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Eterno. Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei...não ensinará jamais cada um ao seu irmão dizendo: conheça D’us, porque todos Me conhecerão, desde o menor até o maior deles” (Jeremias 31:33-34).


O profeta também diz em nome de D’us, "Darei vos um coração novo, e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne” (Ezequiel 36:26), ou seja, a inclinação em direção ao bem estará tão fortalecida no homem que este não seguirá suas tentações físicas. Pelo contrário, irá constantemente se fortalecer espiritualmente e andará em direção a servir a D’us e seguir Sua Torá. Este é o significado da promessa da Torá: "E abrirá o Eterno, teu D’us, teu coração e o coração de tua descendência, para amares ao Eterno, teu D’us, com todo o coração e com toda tua alma, para que vivas” (Deuteronômio. 30:6).


Prática religiosa
O Messias não mudará nossa religião de forma alguma. Todos os mandamentos vão estar ligados à Era Messiânica. Nada será adicionado ou extraído da Torá.


Há uma opinião que diz que os únicos livros da Bíblia que serão regularmente estudados na Era Messiânica são os Cinco Livros de Moisés (o Pentateuco) e o Livro de Ester (Meguilat Ester). A razão para isto é que todos os outros ensinamentos dos profetas são derivados da Torá, e já que o Messias revelará todos os significados da Torá à perfeição, a escrita profética não será mais necessária.


O sistema de sacrifícios será restabelecido na Era Messiânica. Porém, só será aceito o sacrifício de ação de graças, pois já que o coração do homem será circuncidado o desejo de pecar não mais existirá e os sacrifícios que serviam para se reconciliar e reparar o erro não serão necessários. Conseqüentemente as únicas rezas que existirão serão as de ação de graças.


Nossos profetas e sábios não anseiam pela Era Messiânica para que possam mandar no mundo e dominar a humanidade. Também não desejam que as nações os honre, ou que possam ser capazes de comer, beber e serem felizes. Só desejam uma coisa: estarem livres para poderem se envolver com a Torá e sua sabedoria. Não querem que nada os atrapalhe ou distraia, pois, desta forma podem se empenhar para serem merecedores da vida no Mundo Vindouro.


Do livro: “The Handbook of Jewish Thought” (Vol. 2). Publicado pela Maznaim. Reimpresso com permissão.

FONTE:
http://www.aishbrasil.com.br/new/artigo_tudo.asp

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